Parada Gay Guarulhos Dia 27 de Maio de 2012

Parada Gay Guarulhos 2012 Não Percam! dia 27 de maio ás 13hs enfrente ao poupa tempo Guarulhos. Com o Tema Para Garantir Cidadania Vote Contra Homofobia

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Psicólogo Pedrosa Responde: Tenho um relacionamento a três. Será que dá certo?

Oi Pedrosa, a situação é a seguinte. Sou casado faz cinco anos e vivo bem com meu companheiro. Seis meses atrás recebemos a visita de uma amigo do meu companheiro vindo do interior para passar uma semana aqui em casa até ele arrumar onde morar. Ele teve um rolinho com meu companheiro no passado. À princípio eu não queria recebê-lo, acho que por ciúme, mas o cara veio, achei ele legal e ficamos amigos também. Acontece que eu me senti muito atraído por ele e entrando no banheiro para pegar minha cueca, ele tava se enxugando, o vi nu e não resisti, transamos e foi muito bom. Fiquei muito culpado, sufocado e terminei falando para meu companheiro. Este, para minha surpresa, me propôs que transássemos a três. Foi o que aconteceu e foi maravilhoso, nos entendemos muito bem, somos versáteis os três. Bem, ele veio para passar uma semana em casa e já está com a gente faz seis meses. Estamos tenho um relacionamento os três. Dormimos os três na mesma cama e fazemos quase tudo juntos.
Estamos curtindo muito esta situação. Estamos sendo criticados por alguns amigos gays que acham que não vai dar certo. Acho que amo os dois, isto é possível? Será que este relacionamento dará certo?Moreno Jambo (Rio de Janeiro - RJ).

Obrigado pelo contato. Nós temos como referência o casamento tradicional heterossexual entre duas pessoas de gêneros diferentes baseados na fidelidade e até que a morte os separe. Na vida real a coisa é diferente. Além deste modelo que foi selecionado pelas nossas práticas culturais como o correto, existem outros modelos possíveis. O próprio casamento homossexual rompe com o paradigma do casamento tradicional. Portanto, acho que o casamento entre três pessoas do mesmo gênero, apesar de pouco convencional, é factível. É possível amarmos mais de uma pessoa sim. Numa visão da Análise do Comportamento ou psicologia comportamental, amamos uma pessoa quando esta pessoa: 1. tem coisas (as características anatômicas do corpo) que nos reforça positivamente, ou seja, gostamos daquilo que vemos; e 2. faz coisas (as características comportamentais) que nos agrada. Dará certo este casamento? Não sei se dará, vai depender de como os três irão encaminhá-lo. Aqui deixo algumas dicas: comuniquem-se sempre muito bem, exponham seus sentimentos, as concordâncias e as discordâncias, isso chamamos de Assertividade; e com relação as críticas acho que você deve relevá-las, faça aquilo que te faz bem. É muito bom quando as pessoas que têm afinidades se encontram e se amam. Boa sorte ao trio!(*) João Batista Pedrosa é psicólogo (CRP 06/31768-3) e autor do livro Segundo Desejo (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para pedrosa@syntony.com.br. Acesse também seu site http://www.syntony.com.br.

"Não abriria mão de fazer o filme só por falta de patrocínio", diz diretor de 'Do Começo ao Fim'

Não se fala em outra coisa. Desde que um teaser do longa "Do Começo ao Fim" vazou na internet, o público vem comentando sobre o tema polêmico que o envolve: o amor incestuoso entre dois irmãos.
Nem mesmo Aluizio Abranches, diretor dos ótimos "Um Copo de Cólera" (1999) e "As Três Marias" (2002), acreditou na repercussão. Em apenas duas horas, um dos vídeos tinha sido visto por mais de 700 pessoas. O fato de o material ter caído na rede assustou a equipe e foi suficiente para criar uma enorme expectativa.
Em "Do Começo ao Fim", Thomas (o pequeno Gabriel Kaufmann, de 7 anos) mantêm uma relação de afeto por seu irmão Francisco (Lucas Cotrin). Quando adultos, os dois descobrem que, mais do que carinho entre dois irmãos, o que eles sentem é amor. No elenco, estão Júlia Lemmertz e Fábio Assunção, que interpretam os pais dos meninos.É talvez essa fase do filme que deve chamar mais atenção, especialmente do público gay. Quando surgem em frente às câmeras, João Gabriel Vasconcellos e Rafael Cardoso, que vivem Thomas e Francisco, respectivamente, arrancam suspiros e esbanjam masculinidade. Mas seu diretor avisa que, antes de ser um filme com um elenco estelar, o objetivo é trazer à tona o debate sobre a homossexualidade.
Nesta entrevista, Aluizio Abranches mostra como enfrentou os problemas de orçamento - o cineasta teve até que fazer empréstimo e ainda deve R$ 300 mil a bancos - para filmar este que ele considera um filme "delicado", que começou a tomar forma há pelo menos seis anos. O resultado, enfim, poderá ser visto no Festival do Rio, que acontece agora em setembro, e na segunda quinzena de novembro, quando o longa finalmente estreia em circuito nacional.